Côte d’Azur em três dias: dia 2 Èze, Mônaco e Roquebrune-Cap-Martin

postado em: Côte d'Azur, França | 4

Jardim exótico de Èze

Primeiro dia: Cannes e Nice

Segundo dia: Eze, Mônaco e Roquebrune-Cap-Martin

Nossa primeira parada foi em Èze, que fica a 12km de Nice. Fizemos o percurso até lá pela beira-mar e fomos recepcionados por uma chuvinha que logo cessou, deixando somente as nuvens ocuparem a paisagem, o que não atrapalhou o passeio. Estacionamos bem perto da entrada do vilarejo medieval que é muito bem preservado, em parte graças ao hotel que ocupa grande parte das construções locais. Nosso passeio principal na cidade foi a visita ao Jardim Exótico, de onde podemos desfrutar da vista maravilhosa do mediterrâneo e dos arredores da região. Ficamos apenas cerca de duas horinhas na parte medieval da cidade, e a maior parte desse tempo foi dedicada à visita ao jardim, onde podemos ver cactus dos mais variados, além de estátuas que compõem a paisagem, assim como as ruínas do castelo do século XII, de onde se tem uma vista inspiradora do mar mediterrâneo, paisagem que encantou Nietzsche quando visitou a região enquanto escrevia “Assim falou Zaratustra”. O jardim de Èze é inspirado no Jardim Exótico de Mônaco, e foi construído após a segunda guerra, com a volta dos combatentes que consigo trouxeram terra e plantas dos lugares por onde passaram.

Tarifas Jardim Exótico de Èze: 6 euros tarifa normal, 2,50 euros tarifa reduzida (estudantes, grupos à partir de 10 pessoas), gratuito  para crianças com menos de 11 anos. Confira os horários de funcionamento ao longo do ano no site.

Ruínas do castelo 

Jardim exótico de Èze

Igreja de Èze

O destino seguinte foi Mônaco, o principado de 2km² que só pode crescer verticalmente. Estacionamos perto da piscina olímpica e caminhamos em direção ao palácio, passando pelos jardins ao lado do Museu Oceanográfico, que não visitamos dessa vez, passamos pela igreja onde aconteceu o casamento entre Grace Kelly e o príncipe Rainier III, e fomos até a praça do palácio, de onde temos uma vista muito bacana dos dois portos do principado. O palácio tem parte dos aposentos abertos à visitação, com tarifas de 8 euros para adultos, e 3,50 euros para crianças de 8-14 anos, além de bilhetes que incluem a visita ao Museu Oceanográfico, sendo 19 euros para adultos, 7 euros para crianças entre 4-7 anos, 9 euros crianças de 8-12 anos, 11 euros para 13-18 anos e estudantes, e os bilhetes podem ser adquiridos pela internet, no site do palácio. Retornamos passando pelo antigo teatro grego e pela marina, e seguimos de carro rumo ao destino seguinte, percorrendo parte do circuito de Fórmula 1 e passando na frente do Cassino.

Catedral São Nicolau, onde repousam a princesa Grace Kelly e o príncipe Rainier III

Teatro grego

Teatro grego
Porto Albert I, Mônaco

Cassino de Mônaco

Nossa última parada do dia foi uma outra cidade medieval, Roquebrune-Cap-Martin, que faz fronteira com Mônaco – na verdade, basta cruzar um viaduto (muito do confuso, como são as coisas em um minúsculo principado que conta com uma frota de um veículo para cada dois habitantes) que chega-se à cidade que ostenta um nome que parece ser maior que ela mesma (e que o principado também).

Roquebrune-Cap-Martin está instalada ao longo de uma maravilhosa encosta que termina no mediterrâneo, e para chegarmos ao castelo, que era nosso interesse maior na cidade, atravessamos o movimentado centro – guardadas as vidas proporções em se tratando de uma cidade pequena – e seguimos as indicações que nos guiaram ao centro histórico e ao castelo. Estacionamos próximo à entrada do centro antigo, onde o trânsito de veículos é restrito aos residentes, e fomos ao mirante antes de flanar pelas ruelas e escadarias medievais que nos levaram ao nosso ponto de interesse.

O castelo de Roquebrune data do século X e foi construído pela dinastia Grimaldi, a mesma que ocupa o Rochedo em Mônaco. Os Grimaldi vieram originalmente da Itália, mais exatamente da região de Gênova, e são uma dinastia de navegadores que estendeu seu domínio ao longo da costa do mediterrâneo, construindo castelos em pontos estratégicos para garantir a segurança do reino. O castelo tem um pátio externo com jardim e pomar, e subindo a escadaria chegamos ao pátio interno, onde vemos um antigo poço, uma janela com vista para o vilarejo e o mediterrâneo, um acesso à uma sala inferior que é fechada pra visitação, além do acesso à prisão, à cozinha, aos aposentos dos soldados e ao pátio superior. Das torres de observação somos recepcionados pelo mediterrâeno, mas também por Mônaco e, em dias de boa visibilidade, conseguimos dar uma espiadinha na Itália, não muito longe dali.

Vista de Roquebrune-Cap-Martin

 Saimos do castelo e estávamos retornando ao carro, por outro caminho, quando passamos por uma vitrine que se iluminou sozinha para nos mostrar artigos medievais de forja, além de uma pequena maquete do vilarejo. Mais adiante uma plaquinha indicava que um ilustre habitante, o escritor Romain Gary, havia habitado uma estreita ruela cheia de degraus, bem perto do antigo prédio da prefeitura. Enquanto caminhávamos despreocupados, crianças brincavam e corriam tranquilamente por ruas calmas sem serem incomodadas por carros, o tipo de lugar perfeito para férias de verão. Seguindo nosso caminho, uma indicação nos chamou a atenção: “Olivier millenaire”, ou oliveira milenar. Na praça do mirante, logo na entrada do vilarejo, nos deparamos com uma grande oliveira, e fiquei curiosa ao ler a indicação mais adiante que mostrava o caminho até a dita árvore.

E qual não foi nossa surpresa ao nos depararmos com a oliveira, uma árvore de um tamanho impressionante! E as duas visitas que fiz à árvore que simboliza a vida foram igualmente emocionantes, imaginar que ela resistiu às adversidades naturais, mas também à força e impulso devastadores em nome da modernidade. O castelo, assim como o charme medieval do vilarejo me encantaram, mas foi mais pela oliveira que voltei à cidade, um mês depois da primeira visita. O passeio terminou ali, e à noite fomos novamente jantar no centro de Nice.

Terceiro dia: Nice e Saint-Paul-de-Vence

Descendo as escadas da pequena rua fica a casa onde morou o escritor Romain Gary

A imponente oliveira milenar

4 Responses

  1. Anônimo

    Oi
    Pretendo ir para a Riviera Francesa em julho. Todavia, não sou muito alinhado com a proposta meio careira e repleta de frescuras de alguns locais. Espero que compreenda. Na verdade, procuro uma praia mais discreta, onde as pessoas sejam mais discretas. Há algo nesse sentido pela costa? Com acesso ao mar, de preferência.

  2. Anônimo

    Quando vejo estas cidades fico imaginando como seria bom eu ir até ai, estou juntando grana para ir em outubro. Grata Regina Ferreira

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