Meio caminho andado

postado em: Estudar, Mestrado | 17
Minha mesa ficou com essa configuração por alguns meses

“Se as aulas forem em Marseille, não vou ter motivação pra ir.” Sim, as aulas foram em Marseille. Sim, eu tive motivação pra ir. Praticamente todos os dias de manhã, fizesse chuva, sol, com vento ou com neve – tudo bem, neve é exagero e coisa rara por aqui, mas acontece, mas o frio que fez nesse inverno bem que congelou meus dedinhos várias vezes – lá estava eu, no ponto de ônibus esperando minha confortável condução me levar à cidade mais antiga da França. Lembro que, quando me candidatei ao mestrado e vi que um deles era em Marseille isso me incomodou um pouco, o deslocamento quase diário até lá não era algo que estava necessariamente nos meus planos, mesmo que eu pegue o ônibus praticamente na porta da minha casa.
Foi justamente neste mestrado que fui aceita, ironia do destino, porque era justamente o mestrado que eu não esperava ser aceita já que considerei minha entrevista um fiasco, e ali mesmo comecei a questionar se valeria à pena passar por mais dois anos de faculdade pra, só então, poder exercer a psicologia. Ainda me falta um ano, já me questionei diversas vezes sobre isso, principalmente quando recebi as primeiras notas e com elas, o primeiro tapa na cara.

Estudar mais dois anos pra validar um diploma, será que vale à pena? Se for pra ser psicóloga aqui, é o único caminho que eu poderia percorrer. Já tinha validado meu diploma brasileiro, ou seja, tenho um diploma francês que me concede os créditos necessários pra me increver no mestrado, mas também que autoriza, ao final deste mestrado, à exercer minha profissão. O mestrado puro e simples não me daria esse direito. E o primeiro questionamento veio justamente na época que dei entrada na minha candidatura e tive que encarar um jury de cerca de 10 professores de todos os departamentos de psicologia e explicar todo o meu percurso universitário no Brasil, além de expor minha motivação para estudar e exercer na França. Acho que se fosse hoje, minha resposta inicial seria: preciso trabalhar. Nenhuma motivação é maior que essa. E foi enquanto eu me preparava pra isso que tive minha resposta: vale à pena. Porque não posso jogar toda essa trajetória no lixo. Gaguejando, falando mal o francês, lá estava eu, encarando todos aqueles professores que queriam saber detalhes da minha vida acadêmica e que resolveriam se eu poderia essa trajetória validada. Eles validaram tudo, e eu teria possibilidade de me candidatar no segundo ano do mestrado, coisa que nem tentei, me candidatei direto no primeiro, mesmo podendo ter apresentado candidatura nos dois. Das quatro especialidades, fui entrevistada em duas. O pequeno Narciso dentro de mim já se encolheu pela metade.

Até jogo de palavra aprendi a fazer
Pro mestrado de Aix, fiquei na lista de excedentes. Bom, era alguma coisa, não fui completamente descartada. Pra minha surpresa, fui aceita no mestrado de Marseille, aquele que era “longe”, aquele que fiz uma entrevista que julguei tão horrível que saí de lá chorando (eu choro muito). No primeiro dia de aula, o desespero : eu ainda não tinha estágio, e tudo funcionava diferente. Na verdade, eu já deveria ter um estágio antes do início das aulas, mas não existe um protocolo de orientação para estudantes estrangeiros com relação à determinadas formalidades, e essa foi a primeira que aprendi. Consegui um estágio à 60km de casa, nem podia ficar procurando muito, porque ou seria esse, ou seria repetir o primeiro ano. Repetir, uma palavra que me dá calafrios. Porque, de uma forma ou de outra, estou repetindo. Fiz 5 anos de psicologia no Brasil. Na França, são 5 anos igualmente, só que os 3 primeiros anos são a “licence”, equivalente à nossa gradução, e os dois anos finais já são o “master”, o mestrado que, no caso da Aix-Marseille Université, onde estudo, já dá acesso ao doutorado. Estou repetindo e ao mesmo tempo não estou. 
De repente, as primeiras provas. A nota máxima é 20. A média é 10 mesmo. E as matérias se compensam entre si. Uma loucura. Porque tem que calcular uma média muito doida. Sou psicóloga, não matemática ou engenheira. Assim, um 16 pode virar um 0,8 na equação pra calcular uma média, enquanto um 12,5 vira um 3,55. Louco, muito louco assim. E nessa loucura o primeiro semestre foi validado. 9 provas depois, a média foi obtida. Um alívio. Que durou cinco minutos, porque o segundo semestre veio devastando, com relatório de estágio e monografia, ou mémoire, pra redigir. Ah, o adominável mémoire. Ele me fez sonhar com Metallica que falava francês comigo, enquanto eu respondia em inglês. Me fez ter péssimas noites de sono, me levantar no meio da madrugada pra escrever porque a ideia brotou. Me fez questionar de novo se valia à pena todo esse perrengue. Mas também aumentou meu vocabulário de francês. Eu não fiquei só cansada, fiquei fatiguée, épuisée. Essas palavras eu já conhecia, mas elas sairam do dicionário e entraram pro repertório de experiências vividas. Revisando meu texto, achei erros épouvantables, ou melhor, terríveis. Não foi só o vocabulário que aumentou, mas todas as emoções que as palavras comportam. Eu comecei a sentir em francês, a sentir o idioma francês, a tal ponto que determinadas experiências têm mais peso sendo contadas nesse idioma e não no português. Não estou me desfazendo do meu idioma, mas o drama não foi vivido nele, é questão de emoção colada à tudo que se passou num determinado registro linguístico.

Não teve o título mais criativo do mundo, mas é meu filho

E muitas noites mal dormidas depois, muitas lágrimas depois, muito desespero e leituras depois, ele estava pronto, duas cópias cuidadosamente encadernadas sobre minha mesa. Só faltava enfrentar a defesa, encarar os professores e explicar o trabalho, e soutenir minhas ideias. Soutenir à uma boa palavra, porque ao mesmo tempo que significa defender uma tese, significa oferecer apoio, físico ou moral, à alguém. E apoio não me faltou. Dos amigos, que me pediam pra explicar minha pesquisa e fazia cara de interrogação enquanto eu discorria longamente sobre o assunto, sendo a única psicóloga do grupo. Das colegas de sala que viraram amigas e que sempre pediam notícias enquanto elas mesmas redigiam seus próprios trabalhos.  “Agora é muito tarde pra você desistir”, me disse meu supervisor de estágio, depois de ler e me puxar a orelha por não ter deixado ele ler antes que eu entregasse pra revisar os erros de francês. Família do outro lado do oceano tentando me apoiar. E Bernardo, que me deu o apoio mais importante de todos, que foi a calma no meio do meu desespero e stress, que mesmo sem entender leu o que eu escrevi e me fez perguntas, e o mais importante de tudo, acreditou em mim e não me deixou desistir.

La soutenance. Apresentar o meu trabalho pra dois professores. Foi o que tentei fazer, gaguejando, em pânico, procurando minhas palavras, que de repente resolveram se esconder. Todas, não importa em qual idioma. Tive cinco minutos pra expor minhas ideias, e depois era a vez dos professores, e eu esperava o pior. Foi a meia hora mais longa da minha vida. Parecia que eu encarei os professores por um dia inteiro. E no final, quando recebi minha nota, minha sensação foi de alívio, de soulagement completo. Não só a nota, como um elogio que não esperava, e um encorajamento pra continuar a pesquisa no próximo ano (porque podemos escolher um tema “abacaxi” pro primeiro ano e um tema “abóbora” pro segundo). A panique deu lugar ao soulagement. E eu fui réconfortée pelos colegas que assistiram meus minutos de angústia, l’angoisse, de sensação de bola no estômago, la boule au ventre. As palavras em francês tiveram mais peso nesse momento, porque tudo isso foi vivido em francês. Eu quase chorei em francês. Choro muito, isso é fato, mas neste dia eu contive minhas lágrimas. Mas eu consegui, j’ai réussi. Ano que vem tem mais.

Sobre a validação e dispensa de diplomas, leia: Mestrado em psicologia na França

17 Responses

  1. Esmeralda

    Meus parabéns, Natália!!!!
    Quanto esforço merecido…
    Sofri também com seu relato e sou super chorona também. Ehehehe

    Abraço!

  2. ArthurFrançaBrasil

    Olá Natália.
    Nossa realmente dramática seu primeiro ano do Master.

    Quero mesmo é agradece-la por dividir essa experiência com seus leitores, e eu sou um deles, especialmente porque eu devo passar exatamente pela mesma situação que você a partir do ano que vem, quero dizer setembro próximo. Afinal aqui na França setembro é ano que vem. Ehehe.

    Meu dossiê foi aprovado para fazer o M1 na minha área, isso é claro depois de muitas idas e vindas. O meu sentimento atual é de muita excitação por ter a oportunidade de estudar por aqui, entretanto, algo dentro de mim diz que não será nada fácil. Às vezes me pergunto porque nos metemos em zonas tão "perigosas".

    Sei lá, talvez seja possível encontrar alguma explicação Freudiana ou Lacaniana para estarmos sempre querendo nos arriscar, ou talvez seja aquela criança que ainda existe dentro de nós querendo mexer com fogo ou brincar em caixa de marimbondo.

    Bon courage et bonnes chances pour le M2.
    Bonnes vacances.

    Arthur.

  3. Natalia Itabayana Junqueira de Mattos

    Obrigada pelos comentários, mas ainda tem muuuito chão pela frente!! O M2 vai ser trabalho e suor dobrado, e as falhas que cometi no M1 vão ser minhas referências de trabalho pra percorrer esse caminho!!
    Arthur, a explicação é simples: a gente nunca está satisfeito com o que tem, por isso se lança desafios, e assim crescemos!!
    Courage pra vocês, o esforço é grande, mas a recompensa é válida!!

  4. Denize Wanderley

    Oi Natalia,
    Fiquei emocionada com seu relato. Sou psicóloga também, me formei em 1992 e fiz o masters no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1993.
    Prestei concurso e em 2002 entrei na Febem como Analista/Técnico Psicólogo. Infelizmente fui vítima de violência física e psicológica em meu ambiente de trabalho, e desde 2005 estou de licença médica. Tive um AVC Isquêmico em 2006 e minha memória foi a parte mais prejudicada das minhas funções cognitivas. Voltando hoje do neurologista li seu post no Pam News. Estou há um ano lutando por meu benefício que foi suspenso, os peritos me consideraram apta para o trabalho apesar de não conseguir andar na rua sozinha. Esta é a situação do nosso país, vou continuar lutando porque não tenho condições de voltar à trabalhar. Fico muito feliz de ver que é possível vencer na profissão, suas conquistas são maravilhosas. Te desejo toda sorte do mundo, não desista nunca, você chegou muito longe…
    Beijo, beijo, beijo!!!

  5. Milena F.

    Agora que vi esse seu depoimento tão emocionante e fiquei sabendo que vc é psicóloga! Queria tentar umas dúvidas contigo!!! Ainda não me inscrevi pois até então não tinha vontade nenhuma de sentar novamente nos bancos escolares, ainda mais defender em francês! Queria muito mais trabalhar e ganhar dinheiro!!!Mas agora está me voltando a vontade… Quando vc falou que tinha validado o diploma brasileiro, foi no CIEP? E o jury no início do texto foi da universidade mesmo, onde vc passou entrevista para o master?
    Ou foi pelo ministério da Educação nacional? Algumas meninas me disseram que conseguiram a validação total através desse organismo, mas já me informei e no meu caso não se aplica…

  6. Natalia Itabayana Junqueira de Mattos

    Ei Milena!! Pois é, somos colegas de profissão!
    Olha, o que fiz pra validar o diploma foi o seguinte (e nem passei pelo CIEP, eles so me deram uma atestação informativa):

    1- Na Aix-Marseille Université, fiz um pedido de Validação de Estudos Superiores, apresentando historicos (escolar e universitario) traduzidos, além de outros documentos que a instituição solicita;

    2- O dossier foi avaliado e fui convocada pra me apresentar perante um juri composto por professores de psicologia de todos os departamentos do curso, onde expliquei meu percurso acadêmico e profissional, além de falar um pouco sobre meu projeto de trabalho aqui (em qual area gostaria de atuar);

    3- O juri me conferiu os créditos equivalentes à License (mesmos créditos que o CIEP tinha me informado na cartinha, 180 créditos europeus), e consequente o titulo de license em psicologia (recebi o diploma ha pouco tempo);

    4- Em seguida, me inscrevi normalmente pra seleção do master, e passei por outro juri, desta vez de seleção, procedimento padrão pra ingressar no mestrado em qualquer especialidade da psicologia;

    5- Meu mestrado é profissional e pesquisa, ou seja, no final estarei habilitada à exercer, mas também à postular vaga em doutorado. Muitos dos mestrados em psicologia na França são ou profissional ou pesquisa, o que tem seus lados positivos e negativos;

    6- So me candidatei no mestrado aqui na Aix-Marseille mesmo, porque ficaria complicado estudar longe, mas o procedimento pra quem estudou psicologia no exterior é esse: validar a license antes de qualquer coisa. Pra ter o titulo, ela é imprescindivel, so o master não habilita ao exercicio.

    E ca estou eu, pagando lingua mais uma vez e ralando pela equivalência que disse que nunca faria!!

    Se tiver mais duvidas, é so mandar um email, estou à disposição!

    Abraços!

  7. Fernanda Moura

    Boa noite Natalia, tudo bem? Desculpa te incomodar, sou mais uma estudante Brasileira aqui na França, cheia de dúvidas e receios, e eu ia adorar se você pudesse me tirar uma dúvida. Estava procurando na internet alguma coisa sobre validação de estudos na França e vi seu relato sobre sua candidatura ao Master aqui na França. Eu fiz quase a mesma coisa, fui diretamente na faculdade com meus historicos, fazer a validação de estudos e com isso fui aceita no M1. Mas ao contrário do seu relato não recebi depois de um tempo um diploma de Licence francês. Como você fez para conseguir esse diploma? Eu fiz a revalidação de estudos, fui aceita no Master, mas não recebi nenhum diploma. O meu caso é na verdade bem diferente, fiz 4 anos no Brasil mas não cheguei a formar, vim para a França fazer um intercambio e decidi ficar, e mesmo sem ter diploma brasileiro, como a licence francesa são só 3 anos, decidi me candidatar, sem saber se seria aceita, mas fui aceita e já estou cursando o Master. Você acha que por eu não ter formado no Brasil isso poderá me causar problemas futuramente? Muitooooooo obrigada!!!!! Aguardo sua resposta!!! Fernanda

  8. Natalia Itabayana

    Oi Fernanda!

    Qual a sua área de estudos? Nem todas as áreas precisam da validação da forma como eu fiz. O caso da psicologia é bem particular, para ter o direito de exercer aqui, eu deveria obrigatoriamente atestar os 5 anos de estudos, ou seja, 3 de licence e 2 de master especialidade psicologia clinica. Mas tenho amigas brasileiras formadas em áreas diferentes da minha (farmacia, comunicação e design) que so fizeram a validação como você fez, sem a equivalência efetiva que eu precisei fazer, elas cursaram o master e podem trabalhar, mas não têm o diploma de licence como eu.

    Se você está cursando o master direitinho por aqui, foi porque seu processo foi correto e os documentos atestam da validade dos seus estudos anteriores.

    O meu diploma de licence foi parte do processo de equivalência que precisei fazer para conseguir o titulo de psicologa, meu processo incluiu inscrição no 3o ano de licence, apresentação do meu percurso universitario e profissional perante um juri de professores do departamento de psicologia, e depois de deliberação eles me conferiram os créditos europeus necessarios pra obtenção do diploma de licence (180 créditos, abri mão da maîtrise, que é master 1, porque disse a eles que queria cursar os 2 anos de master, pois eles me acordariam também a maîtrise).

    Espero ter esclarecido sua duvida!

  9. Priscila Ansai

    Oi Natalia!

    Estava pesquisando sobre estudos na França, e achei o seu blog aqui! Tenho também interesse em cursar psicologia na França, mas estava pensando em tentar pelo Campus France. Mas no meu caso, teria que começar pela Licence, já que no Brasil me formei numa área diferente (administração), então teria que começar do 0. Atualmente, sou Au Pair na Bélgica, e estou fazendo um curso intensivo de francês para o DELF B2, que acredito que seja o atestado que você precisa pra cursar nível superior na França. Mas eu queria me candidatar desde já para a Licence, só que é obrigatório apresentar o DELF para se increver, certo? Porque uma colega minha foi cursar o Mestrado na França (mas foi pelo Campus France) e ela não tinha DELF nem TAF, nem TCF, nem nenhum atestado oficial que comprovasse Nível B2. Bom, então fiquei na dúvida, não sei se posso tentar me increver para uma License em psicologia para começar em setembro do ano que vem sem o DELF (acredito que não, mas diquei na dúvida). Eu acho que só vou conseguir o DELF B2 em junho do ano que vem…eu vou tentar em março também, mas acho difícil conseguir o B2 em março, aqui na Universidade de Liége meu nível é B1.

    Bom, mas sucesso no seu caminho, espero conseguir também seguir meus estudos em psicologia na França!

    Parabéns pelo Blog! Um dia também penso em visitar Marseille! Deve ser lindo!

    Priscila

  10. Natalia Itabayana

    Ei Priscila!
    Quando me inscrevi pra validar o diploma e candidatar ao mestrado, o certificado de francês nível B2 era um dos documentos de apresentação obrigatória para compor o dossier, mas acho que até março você deve alcançar o necessário 🙂 Converse com seus professores sobre isso, eles podem te dizer melhor sobre seu nível, eu também hesitei em fazer o teste com pouco tempo de estudo, mas fiz o C1 e acabei conseguindo em 8 meses morando na França (cheguei sem falar nada, estudei grande parte sozinha).
    Courage et bonne chance !

  11. Anônimo

    Oi, Natalia
    Há um Master em Comunicação aí por perto? as aulas são ministradas em francês ou, talvez, em inglês?
    Obrigadíssimo.
    Flávio

  12. Natalia Itabayana

    Oi Flavio!
    A Aix-Marseille Université tem master em comunicação sim, mas não sei informar com relação à aulas ministradas em inglês. Acho que vale consultar o site do Campus France, que tem informações detalhadas sobre os procedimentos de inscrição e as diferentes universidades e especialidades!

  13. Anônimo

    Oi, Natalia!
    Tudo bem?
    Estou cursando psicologia no Brasil e tenho muita vontade de fazer um mestrado na França. Gostei muito do seguinte curso da Université de Paris V: http://www.scfc.parisdescartes.fr/index.php/descartes/formations/psychologie/master-psychologie-psychologie-clinique-psychopathologie-psychanalyse/(language)/fre-FR . Pelo o que você explicou no post e nos comentários, acho que esse mestrado da Paris V é igual ao seu: profissional e de pesquisa juntos. Você pode , por favor, olhar rapidinho o site e ver se eu entendi certo? Outra coisa, esse tipo de diploma , profissional e pesquisa juntos, é validado no Brasil sem problemas ou só o de pesquisa?
    Muito obrigada,
    Michele

  14. Natalia Itabayana

    Oi Michele!
    Quando fiz meu mestrado somente as universidades de Paris e Aix-Marseille tinham a opção do mestrado profissional/pesquisa. A parte profissional do mestrado é validada com a realização de estagios de carga horaria determinada pelo programa da universidade (para psicologia clinica são necessarias 500h de estagio divididas entre os dois anos do mestrado, e o estagio deve ser procurado pelo aluno em instituições onde trabalham psicologos, a universidade pouco ajuda nesse aspecto) e a parte de pesquisa é validada com a defesa de uma monografia ao fim de cada ano.
    Não sei informar como funciona a validação do titulo no Brasil, você deve procurar a universidade onde fez seus estudos, pois geralmente ela é habilitada a fazer o processo.

  15. marta moleiro

    Olá Natalia 🙂
    Eu acabei agora o meu mestrado (master) em psicologia cínica em Portugal. Só que aqui depois dos estágios da universidade ainda somos obrigados a tirar um estágio profissional para entrarmos para a ordem dos psicólogos não sei se ai em França é igual. Mas eu gostava de fazer este estágio no Brasil, sabe como eu posso saber as minhas equivalências no brasil.

    Obrigada

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