Ano novo, projeto novo: #52livros

postado em: 52 livros | 14

Português/Français
Ano novo em setembro, como assim? Pois é, ano novo por aqui começa depois das férias de verão, igual no Brasil. Acontece que o verão termina em setembro, então nada de bizarro em fazer resoluções pra essa época! A volta às aulas também acontece no mesmo mês, e como este ano – e depois de muito tempo vivendo o ritmo de volta às aulas, seja como aluna que fui, seja como professora – este ano não vai começar com ida à faculdade. Mas, pra não perder o costume, já comprei um caderninho, que desta vez vai servir pra tomar nota de tudo e qualquer coisa. E me lancei também num pequeno projeto pessoal que é um pouco um desafio, inspirado em dois projetos super bacanas: o primeiro, 52 objetos que a Helô Righetto concluiu há algumas semanas, que trouxe a cada semana um objeto que ela selecionou no seu acervo, cada um com seu significado e importância pra ela. O segundo projeto é da Camila Navarro, 198 livros, uma ousada e interessante volta ao mundo através de uma leitura de cada país do planeta.

A idéia é apresentar, ao longo das próximas 52 semanas, 52 livros escolhidss aleatoriamente dentre minha imensa listinha de leitura, sabendo que geralmente tenho 3 leituras em andamento, hábito que criei na faculdade de tanto ler mil textos e livros ao mesmo tempo. Acabei transpondo pras leituras descompromissadas, e minha mesinha de cabeceira tem um pequena pilha de 6 livros: 3 em andamento, e os próximos 3 a serem lidos. O fio condutor do projeto é a literatura francesa: clássica ou contemporânea, em seus mais variados estilos. São livros escolhidos ao azar, seja à partir de indicações de leitura que acontecem todas as sextas-feiras no twitter através da hashtag #VendrediLecture, quando compartilhamos a leitura nossa de cada sexta, seja através de resenhas em jornais e revistas, ou grupos de discussão. Na minha lista já tenho dois dos meus queridinhos autores contemporâneos: David Foenkinos e Amélie Nothomb. Também tem autores clássicos, como Victor Hugo e Alexandre Dumas. O intuito é ampliar a referência de leituras em francês que esbocei neste post e unir minha paixão por leitura e o desejo (e necessidade) de aperfeiçoar o idioma de Molière, que é meu instrumento de trabalho.

O livro escolhido pra abrir a série é “Tristes tropiques“, de Claude Lévi-Strauss, e em breve volto pra registrar minhas impressões dessa leitura fascinante.

Ma rentrée littéraire : le projet 52 livres

C’est la rentrée, mais pour moi, cette rentrée se passera autrement : il n’y aura pas de cours magistraux ni TD, voire de recherche de stage ou des dossiers à rendre. Cette rentrée, après avoir réussi mon diplôme français, se passera doucement en compagnie des livres et d’un petit projet personnel : partager une lecture chaque semaine, pendant les 52 semaines à venir. L’idée m’est venu après avoir suivi le projet de deux blogueuses brésiliennes, l’une qui a partagé un objet de son choix pendant 52 semaines, le projet “52 objets”, et l’autre qui embarque dans un voyage autour du monde à travers lecture de 198 livres, un de chaque pays de notre planète. Inspirée par ces deux projets, je me suis créé le mien, qui a pour fil rouge la lecture de 52 livres parmi le large choix qui nous offre la littérature française, entre lectures classiques et contemporaines. Le choix des livres se fera parmi les lectures partagées chaque vendredi sur twitter par ceux qui sont abonnés au compte de @VendrediLecture , ainsi que parmi des indications trouvées dans la presse. 

Le premier ouvrage choisi est “Tristes tropiques“, de Claude Lévi-Strass. Je publierai bientôt un billet à propos de cette lecture. 

14 Responses

  1. Nah - Pra Ver em Londres

    Muuuuito bom, Nat. 🙂
    Eu infelizmente não consigo dar conta de um livro por semana – tanto pelo fato de não ser a mais rápida leitora desse mundo como, também, pela quantidade de projetos assumidos ao mesmo tempo que deixam minha leitura diária resumida a uma horinha. 🙁
    Vou adorar acompanhar seu projeto. Tenho certeza que várias das suas leituras entrarão para minha lista de "ler antes de morrer". hehe
    Beijobeijo,
    Nah.

  2. Natalia Itabayana Junqueira de Mattos

    Nah, não sou a pessoa mais disciplinada do mundo, acho que o projeto vai me "obrigar" a concentrar em uma leitura pra manter o ritmo! E tenho uma listinha extensa de leituras e livros empilheirados na estante, agora é manter o foco e realizar o projeto! Aceito sugestões de leitura!

  3. Milena F.

    Adorei o projeto!!!
    Esse "ano" 555 romances são lançados na França, com tanta escolha entre os novos e os mais "antigos", provavelmente sua pilha de leituras vai aumentando…

    Li "Tristes Trópicos" na faculdade… Um dos meus professores era fã e tinha estudado com Lévi-Strauss, então ele fez desse e de outros livros do autor nossas obras de cabeceira.

  4. Natalia Itabayana Junqueira de Mattos

    Achei o numero da rentrée littéraire muito inspirador este ano! Tristes tropicos tb foi leitura indicada no primeiro periodo da faculdade, mas so li alguns capitulos que o prof exigiu, e fazia tempos que precisava incluir na listinha! Muito bom poder ler no idioma original, porque a tradução era sofrivel (como é o caso de muitas traduções antigas!)

    Outro projeto ja esta tomando corpo à partir deste, tenho muitas semanas antes de anunciar la suite!

  5. Mage Santos

    Otimo!!
    "Infelizmente" os ultimos livros que tenho lido sao so sobre Milao e acho que vai te que ser assim ate o exame que tenho que prestar….
    Posso lançar o projeto: 52 livros sobre Milao. Kkkk
    Sucesso, querida!!

  6. Camila Navarro

    Deixa eu tentar lembrar tudo o que eu tinha escrito. Acho que primeiro eu dizia que adorei o seu projeto! 🙂

    Vou acompanhar de pertinho, até porque a literatura francesa sempre foi uma das minhas preferidas. Na época da faculdade eu lia muitos livros franceses, mas sempre clássicos, como Flaubert e Balzac. Eu fazia engenharia, mas minha ficha na biblioteca devia confundir as pessoas. rsrs A Dama das Camélias foi um dos livros que mais me marcaram na época, tanto que terminei de ler e reli em seguida, acredita? Até gostaria de ler novamente para ver se hoje eu veria a mesma graça no livro, já que eu tinha só uns 16/17 anos quando me apaixonei pela história de Marguerite e Armand.

    Mas sabe que eu me decepcionei um pouco nas pesquisas sobre a França para o meu projeto? Senti que a literatura francesa já não é mais a mesma. Sei que minha opinião é sem conhecimento de causa, por isso vou acompanhar suas leituras torcendo para que você me mostre que eu estou enganada. 😉

  7. Natalia Itabayana Junqueira de Mattos

    O primeiro classico francês que li foi presente de uma amiga da faculdade, quando eu ainda nem sonhava em vir morar aqui: Madame Bovary. Adorei o estilo do Flaubert, mas tenho uma opinião pouco favoravel em relação ao personagem principal. Ainda não li A dama das camélias, vou colocar na listinha!

    Relutei em incluir Balzac, mas classico é classico, e entrou pra lista, assim como Zola, que nasceu aqui em Aix. Mas a lista de autores contemporâneos também esta aumentando, espero que você encontre nela referências que salvem a reputação da literatura francesa!

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