Nova Iorque: primeiras impressões

Apesar de ter trabalhado durante 6 anos como professora de inglês em uma grande rede de escolas em Belo Horizonte, essa foi minha primeira viagem aos Estados Unidos. Nunca fiz intercâmbio, nunca sonhei com a dobradinha Disney + Nova Iorque na época dos meus 15 anos. Nem baile de debutante eu quis, fiz uma festinha no quintal e fui feliz dançando valsa vestida de preto com minha mãe. Meu sonho de viagem de 15 anos sempre foi Paris, sonho que realizei aos 22 anos. Esperei 10 anos pra pisar no país que ocupava até então o segundo lugar na minha lista de países pra conhecer: a Rússia. E nos últimos anos os EUA acabaram por entrar na listinha de países pra visitar por conta de seus parques nacionais. Ora, então por que cargas d’água fui eu passar uma semana de férias na selva de pedra que é Nova Iorque ao invés de ir pro meio do país desbravar parques?

 

Certa vez escrevi um desabafo sobre o que me motiva a escrever este bloguinho, e são as pessoas. Pois foi exatamente por conta de pessoas queridas que nós, pouco apaixonados por cidade grande mas devera apaixonados por viagens, embarcamos pra Big Apple. O cunhado passou um ano lá por conta dos estudos, e seu aniversário coincidiu com as minhas férias aqui. Foi a desculpa mais que perfeita pra Bernardo matar saudades do irmão e pra curtirmos nossa última escapada transatlâtica a dois. Além disso, temos amigos que moram lá, e fazia dois anos que o convite pra visita-los havia sido feito. A reunião de circustâncias favoráveis determinou assim o destino das nossas mini-férias de primavera, e dia 3 de maio desembarcamos no aeroporto JFK.

 

 

 

Nosso roteiro em Nova Iorque

O planejamento pra viagem foi mínimo em termos de roteiro. Eu queria conhecer pontos meio clichê – lugares mostrados no seriado Friends, o Central Park e todos os outros parques que pudesse incluir no itinerário de andanças. Minha prioridade em termos de visita era o MoMA: meu quadro favorito fica lá, a Noite Estrelada do Van Gogh. Qualquer outra visita que viesse seria lucro, e por isso deixei pra ir ao MoMA mais no final da estadia. Nos dois dias nublados que pegamos na cidade, nos refugiamos em museus, e foi assim que Metropolitan Museum e Museu de História Natural entraram no roteiro. E o Museu do Índio Americano foi uma agradável surpresa no caminho do nosso passeio pelo Financial District.
Me contentei com a vista da Estátua da Liberdade que temos do Liberty Park em Jersey City, onde passamos dois dias na casa de amigos, e do Hudson Park em Manhattan – adorei ambos. Mas dois passeios entre os tantos que fizemos foram classificados como “melhor da viagem”: a visita ao escritório da Google com direito a almoço, e o passeio de domingo em Coney Island. Nosso amigo trabalha na Google, e pra mim foi uma visita fantástica, poder ver os bastidores de uma empresa que virou verbo em inglês e que tem fama de ser um excelente lugar pra trabalhar.
Flanamos pelo Meatpacking district, adorei passear no Chelsea Market e High Line Park, o parque inspirado na Coulée Verte de Paris.

Coney Island, meu canto favorito da viagem

Coney Island foi nosso último passeio, no domingo meio ensolarado e quente, véspera do nosso retorno à França. Abri mão de visitar mais um museu e preferimos conhecer uma praia, a praia do parque de diversões que já tinha visto algumas vezes em filmes e episódios de seriados. Longe das buzinas e do movimento incessante da cidade, a extensa faixa de areia de Coney Island estava relativamente cheia, pra um dia com muito vento. Depois de caminharmos pela beira-mar e píer, nos despedimos na praia novaiorquina, não sem antes fazer uma parada no Nathan’s pra comer cachorro-quente, na famosa lanchonete onde acontece o concurso internacional pra ver quem come mais cachorro quente. Coisas dos Estados Unidos. Mas foi ali também que conhecemos por acaso um casal que nos brindou com suas histórias de viagem e de vida, e que me emocionou a cada olhar trocado: já estão há 20 anos juntos, e os olhos brilham com a mesma paixão que imagino brilharam ao se encontrarem pela primeira vez.

 

Não fomos à Nova Iorque pela badalação, pelas compras, pelos drinks em rooftops ou pelos espetáculos da Broadway. Fomos encontrar pessoas queridas, e acabamos trazendo alguns bons causos de encontros inesperados pelo caminho. E esse é o melhor souvenir de viagem que posso trazer na bagagem.

Motivos para voltar à Nova Iorque

Ah, esses não faltam. Minha resistência inicial foi rapidamente vencida, e apesar dos percalços e de não ter curtido 100% a viagem na época, por conta de um probleminha que tive na gravidez, sei que o momento fez com que não nos conhecessemos em circustâncias inteiramente favoráveis. Viajei com suspeita de toxoplasmose, então a cabeça não estava completamente disponível pra vivenciar a cidade plenamente. Por isso e pelo desejo de correr no Central Park, de assistir um espetáculo na Broadway e tomar um drink num rooftop assistindo a transformação da cidade ao pôr-do-sol, Nova Iorque merece uma segunda viagem. Desta vez, o pequeno irá fora da barriga, e testaremos um roteiro adaptado para conciliar todos os desejos e interesses.

Seguro de viagem para gestantes

Estava grávida de cinco meses quando embarcamos pra Nova Iorque, e a segunda providência que tomei foi contratar um seguro de viagem* (a primeira foram as passagens). Nem todos os planos das seguradoras de viagem cobrem gestantes, e como eu tive alguns sustos no início da gravidez, mas tinha o aval do médico pra viajar, preferi não arriscar. Alguns planos que oferecem esse tipo de cobertura restringem o período da gestação e a idade da mulher – a maior parte possui o limite de 40 anos. Algumas seguradoras também solicitam autorização por escrito de um médico, o que não foi nosso caso, felizmente.

A Travel Ace e a Affinity cobrem gestantes até a 34ª semana de gestação e que tenham autorização por escrito do médico responsável. A GTA e Vital Card até a 32ª semana; e a Mondial Assistance e a Assist Card até a 28ª semana.

Antes de adquirir um seguro viagem para gestante, é importante verificar se essas especificações e se eventuais complicações na gravidez são cobertas. Por que é tão importante conferir essas coberturas? A diária de internação nos Estados Unidos, por exemplo, possui custo médio US$ 2 mil, sendo que o custo de um parto pode ser superior a US$ 50 mil (cerca de R$ 166.000), segundo um levantamento feito pela Truven Health. Outros valores que chamam a atenção são relativos a anestesista, ultrassom e exames de sangue. O primeiro custa em média US$ 2.000, o segundo pode chegar US$1600 e o último, cerca de US$900. Os valores de todos os procedimentos médicos nos Estado Unidos tinham o dobro do valor em relação ao Canadá na especificação da cobertura do nosso seguro de viagem

Importante lembrar que a cobertura oferecida pelas operadoras de cartão de crédito (para os clientes que adquirem a passagem aérea pelo cartão) não cobre mulheres grávidas.

Você pode comparar os seguros e ver qual melhor sua adequa a sua necessidade no site do Seguros Promo. Com o nosso cupom DESTINOPROVENCE5, você ainda recebe 5% de desconto, e outros 5% caso o pagamento seja efetuado por boleto bancário.

5 Responses

  1. Milena F.

    Você disse que essa viagem não exigiu muita preparação, mas precisou de visto, imagino… Vc fez por aqui mesmo? Foi complicado?
    Abraços

  2. Natalia Itabayana

    Ei Mi!
    Não precisamos de visto porque fomos com passaporte italiano, é só preencher o ESTA online e em até 72h temos a aprovação da viagem (a nossa saiu em menos de 48h). Mas acho que pra solicitar o visto é direto na Embaixada Americana em Paris!

  3. Milena F.

    Ah, ok, é verdade que com passaporte europeu as coisas são mais simples! Mas para brasileiro ainda existe essa maratona de visto… 🙁

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