Como contei no post sobre Berna, essa minha volta à Suíça no verão foi uma boa surpresa, e acabei descobrindo um país que satisfez bem as minhas expectativas iniciais. Sempre tive em mente que a Suíça é um cartão postal, e no inverno vi o cenário natalino que sempre sonhei ver, fazendo uma certa força consegui ver o lado “cartão postal”, mas no verão tudo ganha essa tonalidade, sem falar nas cores que me impressionaram. Mas outra coisa me impressionou tanto ou mais que as cores: o calor. Nunca na vida eu conceberia enfrentar temperaturas tão elevadas num lugar tão improvável – na minha concepção, veja bem, conheci o país no inverno e, assim sendo, imaginei que “calor” pra eles seria algo em torno dos 25°C. Ledo engano. Portanto, se pretende visitar a Suíça no verão, não se esqueça da roupa de banho, não importa onde você vá (acho que essa recomendação não se aplica tanto se o destino for a Jungfraujoch. A menos que você seja da turma dos que esquia usando roupas de banho).
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Voltando ao nosso passeio, o lago de Zurique estava convidativo, e muito me arrependi de não andar com biquini bolsa pra aproveitar o calor e dar um mergulho. A temperatura da água estava deliciosa, e apesar de não ser adepta das práticas pouco ortodoxas de nadar com roupas de baixo, não resisti e molhei os pés no “mar” alimentado pelo Limmat, onde cisnes nadavam tranquilamente sobre águas cristalinas (primeiro atrativo aquático pra eu me jogar em qualquer lago, rio ou mar no caminho). Enquanto o gramado era ocupado por várias pessoas em trajes de banho, estendidas sobre suas toalhas, livro à tiracolo, aproveitando pra espantar o branco-Gasparzinho da pele sob um sol deveras generoso (se for à Suíça no verão, não subestime a necessidade constante do protetor solar. Ok, à noite não precisa.)
E de repente, entre jardins cobertos por imensas rosas, esculturas aqui e acolá, restaurantes charmosos e até uma rede pendurada sob a sombra gostosa de duas árvores, uma construção diferente chama atenção: colorido e decorado, em meio a altos bambus, um muro característico cerca o Jardim Chinês, construído em 1993 como presente da cidade chinesa de Kunming em retribuição pela ajuda de Zurique no projeto de instalação de água potável na cidade. O preço de entrada é convidativo: 4 francos suíços (adultos), 1 franco (crianças) e 3 francos/pessoa para grupos acima de 10 pessoas e o jardim é aberto ao público entre o final de março e o final de outubro, mas acabamos não fazendo a visita (e me arrependo, claro), seguindo pelo longo do lago de volta ao lugar onde encontramos um amigo e aproveitamos para degustar os deliciosos salsichões (vegetarianos, não entrem em pânico: os pratos com vegetais e as batatas suíças são de dar água na boca, especialmente a batata rösti). Uma banda de música animava o fim de tarde tranquilo, e o por-do-sol no lago encerrou o dia em belos tons dourados.
Paulo Torres
Conheci Zurique no auge do verão, em 2006. A cidade estava bem como vocês disseram: muita gente na rua, mais gente ainda na beirada do lago, barraquinhas na ruas vendendo salsichões. Fiz um passeio de barco pelo lago que revelou uma vista sensacional da cidade.
Fiquei só dois dias, mas queria ter ficado por semanas ali.
Natalia Itabayana Junqueira de Mattos
Infelizmente não tivemos tempo pra fazer o passeio de barco, é algo que ficou pra proxima viagem, e ai fica o dilema: passeio em Zurique, em Lucerna ou nas duas? Apesar de ter achado a paisagem de verão linda, Zurique no inverno tem um atrativo e tanto: a decoração natalina deixa a cidade mais bonita e compensa a paisagem taciturna do frio.