Gênova em um dia: o que fazer na cidade de Colombo

Toda vez que viajamos pra Côte d’Azur e pra Itália, as placas indicando Gênova sempre me faziam pensar que, numa próxima ocasião, deveria incluir uma parada na cidade no nosso roteiro, afinal ela está logo ali, mas mais importante do que a proximidade, a cidade tem um detalhe histórico que me foi difícil relevar: Cristóvão Colombo. E quanto às especialidades culinárias da região, Gênova não decepciona: como não amar pesto e focaccia? Um último fator que contou pontos pra escolher a cidade como parada entre Aix e La Spezia: o centro histórico da cidade é inscrito no patrimônio histórico da Unesco. Voilà os pontos a favor de uma paradinha na terra do descobridor da América.

A ideia inicial era sair cedinho de casa e passar todo o dia andando pela cidade, explorando alguns pontos de interesse que pesquisei e onde Luna seria bem-vinda, pois a mascote nos acompanhou ao longo dessa semana em terras italianas. Acabamos saindo no finalzinho da manhã, era um sábado de muito sol na Provença, mas tão logo chegamos na Côte d’Azur as nuvens deram as caras e cobriram o céu, trazendo inclusive um pouco de chuva, mas pra nossa sorte as nuvens deram uma trégua pelos lados da nossa parada de piquenique, num ponto maravilhoso da estrada, logo depois de Mônaco, onde podemos apreciar o principado, assim como o vilarejo de Roquebrune-Cap-Martin e a última cidade francesa antes da fronteira, Menton, a terra do limão.

Dali até nossa primeira parada da roadtrip o tempo de viagem que restava era curto, e foi no meio da tarde que chegamos no nosso hotel, Delfino Blue Gênova, um charmoso B&B que aceita animais e fica próximo do centro. Fomos recebidos pela proprietária, que nos recebeu com bastante atenção e nos levou ao nosso quarto enoooorme (juro que ele deve ser metade do tamanho do nosso apartamento), e nos explicou o caminho até o centro e falou sobre os transportes da cidade – poderíamos escolher entre ônibus e metrô pra ir pro centro, mas optamos por caminhar e descobrir à cidade à pé, como fazemos com frequência.

Gênova em um dia: o que ver

Nosso itinerário à pé pela cidade foi bem simples: a ideia ir à Via Garibaldi e Piazza de Ferrari, andar pelo centro histórico e porto antigo, e parar ao longo do caminho, à medida que as atrações da cidade se revelassem diante de nós. E muitos foram os edifícios e monumentos, além de igrejas, pelos quais passamos, e que podem ser vistos nas fotos abaixo. Optamos por não visitar o famoso aquário da cidade e preferimos percorrer as ruas do centro histórico, deixando a visita ao aquário pra uma outra ocasião. A capital da Ligúria é uma cidade pouco conhecida e pouco escolhida como destino de viagens, mas tem tesouros escondidos que merecem ser explorados, e vale sim a visita.

Os pontos que visitamos foram: Piazza Acquaverde, Palazzo Reale, Igreja Annunziata, Via Garibaldi, Piazza de Ferrari, Palazzo Ducale, Porta Soprana e Casa de Cristóvão Colombo (na verdade, só resta a fachada da casa, perto da Porta Soprana), Catedral de San Lorenzo e Porto Antigo.

Uma curiosidade sobre Colombo que a dona do albergue nos contou: o sobrenome não designa uma família, mas sim os navegadores, todos aqueles que se lançavam ao mar em busca de novos mundos. Não existe uma família Colombo em Gênova, mas vários colombos que foram navegadores. Colombo, em italiano, significa “pombo”.

Como chegar em Gênova

Quem estiver em cruzeiro e tiver parada prevista em Gênova e quiser aproveitar pra ir às compras, a cidade tem uma grande loja Eataly bem no porto, perto do aquário, e na Via XX Settembre ficam as principais lojas, inclusive uma Rinascente com entrada numa rua paralela.

Uma alternativa ao carro pra chegar à Gênova saindo de Aix-en-Provence é o ônibus, como fizeram nossos amigos em julho de 2013. Eles aproveitaram a tarifa promocional de verão e foram com o iDBUS, o ônibus da SNCF (companhia francesa de trens), e disseram que a viagem foi tranquila – apesar de demorada – e que a bordo tem wifi. O trem também é uma outra opção de transporte entre Aix-en-Provence e Gênova, passando por Nice ou mesmo saindo da Côte d’Azur.

Porta Soprana e fachada da casa de Cristóvão Colombo