Que fazer em Hyères e Porquerolles

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Hyères é uma cidade balneária da Riviera francesa e possui um pequeno arquipélago de três ilhas conhecidas como “Ilhas de Ouro”. Neste post conto o que fazer em Hyères e sua principal ilha, Porquerolles.

Já era outono quando decidimos visitar pela primeira vez a cidade de Hyères, mais uma na listinha daquelas “fica logo ali, qualquer dia fora de temporada vamos lá”. O fato de ser fora de temporada é realmente um fator importante quando decidimos fazer os passeios, porque o tempo gasto no trajeto conta muito, e como fazemos bate-volta preferimos evitar lugares concorridos durante as temporadas pra ter mais tempo pra flanar e visitar as atrações do destino com calma. E foi num domingo pela manhã que preparamos nosso piquenique e pegamos estrada rumo à Hyères, que fica a 100km de Aix-en-Provence, e a 22km de Toulon. Em cerca de uma hora de trajeto estávamos na cidade, e nos dirigimos ao centro pra dar um passeio antes de esticar a toalha num gramado pra comer.

Que fazer em Hyères

O centro de Hyères mistura o estilo de arquitetura provençal com características que atravessaram a idade média, como as ruelas estreitas que se extendem ao redor da igreja, dando impressão de um amontoado quando vistas do alto da colina ao pé da qual a cidade repousa. Percorremos as ruelas praticamente desertas do centro em direção ao alto da colina, onde ficam as ruínas da muralha que outrora protegia o castelo medieval que ocupava o lugar, e percorremos os caminhos que atravessam os vestígios da fortificação, até encontrarmos um ponto suficientemente acolhedor e com uma bela vista pra fazermos nosso piquenique. Entre os primeiros cogumelos do outono e as últimas flores estivais, observando a silhueta da ilha de Porquerolles no horizonte azul do mediterrâneo, comemos sem pressa, sem nos preocuparmos em sair correndo pra pegar o barquinho que nos levaria à ilha. Passamos em frente à Villa Noailles, um centro de arte que recebe festivais mas estava fechado no horário que chegamos.

Depois de limpar as migalhas do colo, de ler um bocado sobre a história da fortificação nas plaquinhas que encontramos pelo caminho, descemos em direção ao centro, percorrendo outras ruelas pacatas e charmosas, com casinhas de fachadas coloridas e enfeitadas de bouganvilles floridas, praças com oliveiras e, vez ou outra, crianças brincando. À medida que nos aproximamos da igreja é que começamos a cruzar mais pessoas pelas ruas, até que vimos o movimento dar vida à praça, com seus cafés e restaurantes, e as ruelas mais abaixo com o comércio local. Nos dirigimos sem pressa pro local onde estacionamos, e seguimos nosso passeio rumo à Presqu’île de Giens, de onde partem os barcos que ligam o continente às “ilhas de ouro”, como são conhecidas Porquerolles, Levant e Port-Cros.

 

Na nossa ida mais recente (julho de 2019), nos hospedamos numa pousada muito aconchegante na entrada da cidade, e adoramos – café da manhã aprovado, animais de estimação bem-vindos, Vic foi super bem tratado e os proprietários são bastante atenciosos!
Recomendo que se hospede em Hyères para aproveitar melhor a cidade e suas ilhas. Outra possibilidade é hospedagem em Porquerolles para se deliciar com a tranquilidade do mar que cerca a ilha, e ainda existe a possibilidade de ficar na Presqu’île de Giens para curtir as praias.

 

Presqu’île de Giens

Cerca de 12km separam o centro de Hyères da Presqu’île de Giens, e o trajeto pode ser feito de carro ou ônibus municipal – linha 67, veja o itinerário neste link – que parte do centro da cidade até a Tour Fondue, local de embarque para as ilhas. Como estávamos de carro e era meados de outubro, quase fim de tarde, pegamos pouquíssimo trânsito pra chegar até a península, mas acabamos não embarcando no último barquinho pra Porquerolles porque teríamos pouquíssimo tempo pra visitar a ilha com calma. Demos uma volta pelo porto e ficamos contemplando o mediterrâneo e o forte construído no século XVII, a “Tour Fondue”. Foi ali que terminou nosso passeio, depois de um tombo monumental que tomei à beira d’água, mas consegui evitar um desastre maior e não deixei a câmera bater no chão, foi só o cotovelo mesmo!

Visita à Ilha de Porquerolles

Voltamos à Hyères em junho de 2015 pra fazer a parte do passeio que não fizemos em outubro, e aproveitamos bastante porque o calor senegalês que fez no verão 2015 ainda não tinha começado (calorão mesmo, fazia 37° no dia que sai da maternidade, e era final de agosto!). Como nosso objetivo era ficar só em Porquerolles mesmo, nem nos preocupamos em repetir o passeio pelo centro de Hyères e já nos dirigimos à Presqu’île de Giens, mas a facilidade de estacionamento que encontramos em outubro não se repetiu dessa vez, e tivemos de estacionar numa das vagas pagas de um dos estacionamentos do local, mas chegando bem cedo é possível conseguir uma das poucas vagas gratuitas que ficam bem perto do porto.

Outra opção pra evitar o movimento intenso é partir de barco de Toulon, que não fica muito longe de Hyères. A dica veio de um leitor, o Renato Barretto, e é certamente uma opção menos estressante, como ele mesmo contou em um comentário deixado aqui no blog: “Porquerolles é muito interessante e lindíssimo, mas sugiro fortemente, em um final de semana de verão, como foi o nosso caso, de resistir e não tentar estacionar o carro em Hyères. As vagas não são tão abundantes e perde-se um tempo absurdo (nós perdemos duas horas) aguardando por uma vaga enquanto já poderíamos estar na ilha se tivéssemos ido estacionar em Toulon, onde há mais vagas. A viagem de barco de Toulon para lá é mais longa, mas a proximidade de Hyères de Porquerolles não compensa, a não ser que você já tenha reservado sua vaga com antecedência (eu não sabia desta possibilidade).” Eu também não sabia da possibilidade de reservar vaga, não esperamos nada, mas certamente da próxima vez que formos à Porquerolles durante o período quente, vamos nos lembrar da dica do Renato!

Eu estava no 7o mês de gravidez quando fomos à Porquerolles e o passeio era um desejo de grávida: não aguentava mais o calor que fazia em Aix e queria ir pro mar, e se pudesse ser em um lugar que ainda não tinhamos visitado, melhor ainda. O passeio foi delicioso, mas tivemos dois contratempos fotográficos que são o pesadelo de qualquer viajante: ainda no barco percebi que tinha esquecido o cartão de memória da câmera em casa (fuenfuen), e tinha levado o aparato e objetiva extra à toa.

O segundo contratempo foi meio uma tragédia pra mim (até hoje não me refiz dela): fizemos fotos dentro d’água, várias, com o barrigão, fotos nossas pela ilha, tudo usando a GoPro, e tentei passar algumas pro celular quando cheguei em casa, mas não consegui e desisti, fui dormir. No dia seguinte quando fui descarregar as fotos no computador, cadê? A birosca do programa da GoPro no celular deu um biziu pior que o bug do milênio e simplesmente apagou TODAS as fotos do cartão, deixando míseras 6 fotos de outro passeio, que eu já tinha passado pro computador. O dia na praia ficou na nossa memória, as águas cristalinas do mediterrâneo, a areia branquinha no fundo do mar que nos lembrou um bocado o que vimos no Caribe, tudo isso ficou gravado na massa cinzenta, e os poucos registros que nos sobraram são esses abaixo, que fiz com o celular.

A ilha é facilmente percorrida à pé, mas há possibilidade de alugar bicicletas no porto pra explorar os caminhos, e inclusive bicicletas com carrinhos pra crianças. Não levamos a Luna porque tive receio de não podermos leva-la em todos os lugares, mas vimos muitos cães por toda a ilha, inclusive no mar, sem problemas, e fiquei com o coração apertado de não ter levado nossa mascotinha. Para mais informações práticas atualizadas (como tarifas e itinerários de caminhada e bicicleta pela ilha), consulte o site de Porquerolles.

Depois dos mergulhos e caminhada, voltamos no penúltimo barco pra Tour Fondue pra evitar trânsito pesado na saída do estacionamento, e pagamos a tarifa na saída mesmo (há opção de pagamento na cancela e também nos caixas, mas tinha muita fila). Não me lembro quanto pagamos de estacionamento, mas o valor é por hora, no site de Porquerolles tem tarifas dos estacionamentos. O valor pago pelo trajeto de barco foi de 19,50€ por pessoa o trajeto ida e volta, e achamos que possa compensar também pernoitar na ilha, um desejo que pretendemos realizar em breve!

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