Metallica no Stade de France

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PORTUGUÊS/FRANÇAIS
Nossa saga começou dia 31 de janeiro, data do início das vendas dos ingressos, que aos poucos acabavam feito água no deserto. Ingressos pro gramado? Foram os primeiros a evaporar, mas acabamos conseguindo ingressos pras cadeiras, bem de frente pro palco. O show estava marcado pro dia 12 de maio, em comemoração dos vinte anos de “Black Album” e como parte da turnê europeia da banda, que completa 30 anos de carreira este ano. Ingressos, hotel e trem devidamente providenciados, iniciamos a contagem regressiva pro grande dia que nos fez ir à Paris por um fim de semana curto.
Quando chegamos à Gare Saint-Charles, em Marseille, onde pegaríamos o trem pra Paris, começamos a notar que não éramos os únicos indo pra cidade luz por motivos nada turísticos, e pouco a pouco os gatos pingados com camisas do Metallica começaram a se reunir à espera do trem. No nosso vagão, poucos eram os passageiros que não estavam indo para o show, e nas paradas que o trem fez, primeiro em Aix, depois em Avignon, mais passageiros-metaleiros ocuparam seus lugares. Ironia do destino, nosso trem fez uma parada de emergência para que forças de ordem (leia-se polícia) fizessem uma intervenção por causa de um passageiro perigoso, que não estava no nosso vagão, mas a mensagem da comissária de bordo explicando o motivo da parada arrancou boas risadas do pessoal.

Chegamos e fomos direto deixar nossa mochila no hotel, onde fomos recebidos com a frase “Vocês vieram pro show do Metallica? Nem dá pra perceber!”, Bernardo usando a camisa da banda e eu com uma camisa de caveiras, os dois bem no clima do evento. No restaurante onde almoçamos vimos outros fãs da banda, e na estação de metrô mais alguns se dirigiam ao estádio, mas nada de multidão. A abertura dos portões estava marcada pras 17h30, chegamos uma hora antes pra evitar trens cheios e filas na entrada e quando os portões fomos nos instalar nas nossas cadeirinhas.

Às 19h em ponto a primeira banda fez sua aparição no palco, Gojira, uma banda francesa de metal progressivo e que está acompanhando o Metallica na turnê europeia. O show foi bem bacana e tinha muitos fãs da banda entre a galera do gramado. Apesar de serem franceses, as músicas da banda são em inglês, mas impossível não estranhar quando eles terminam uma música cantada com aquele vozerão de metal e soltam um “Merci” na melhor voz de canção de ninar francesa.
Por volta das 20h foi a fez de outra banda ocupar o palco, mas ao contrário do que aconteceu com os caras do Gojira, os integrantes do The Kills não foram bem recebidos pelo público, que vaiou algumas vezes e só aplaudiu quando a apresentação foi encerrada, mais por alívio do que por ter gostado – eu particularmente não gostei, achei o show, digamos, entediante, só gostei mesmo do cabelo vermelhão da cantora Alisson Mosshart.
Mais uma mudança de palco, a última da noite, e uma bateria ocupa seu lugar de honra no centro, e microfones são espalhados em vários pontos do palco. Os telões são ligados. “The ecstasy of gold” começa a tocar. E quando as luzes do palco são acesas, lá estão eles, começando o maior show que já fizeram na França com “Hit the lights”. O setlist foi fantástico. Antes de tocarem o Black Album inteiro, tivemos direito à “Master of Puppets”, “No remorse”, “For whom the bell tolls” (música que me faz lembrar do meu irmão sempre, quando ele tava aprendendo a tocar baixo, era sempre essa música que tocava), “Hell and back”. 

De repente, o palco se apaga. Os telões mostram a história da banda e o lançamento do Black Album. E eles começam a alucinar o público com “The Struggle Within” tocando todas as faixas do álbum. Depois de “Enter Sandman”, foi a vez de “Battery” com direito à labaredas no palco, e a primeira despedida. As luzes do palco se apagaram de novo. E ele se transformou num campo de batalha. “One” reproduziu o pesadelo do soldado mutilado na guerra pelas minas terrestres que explodiam no palco e os lasers acompanhavam cada acorde da guitarra do Kirk. E as luzes se acendem mais uma vez, as do estádio também. É hora de se despedir de verdade, mas em grande estilo. “Seek and destroy” foi a cereja no bolo. E um dos melhores dias da minha vida teve a melhor trilha sonora e a melhor companhia. 


Stade de France. Público: 68 mil pessoas.
Notre aventure débuta le 31 janvier, jour où les tickets ont été misent en vente, et si tôt la vente démarrée, si tôt les tickets étaient vendus! Des places sur la pelouse? Les premiers épuisés, mais nous avons fini par nous trouver des places assises tout juste devant la scène. Le concert était prévu pour le 12 mai en commémoration des vingt ans du “Black Album” et en occasion de la tournée européenne du groupe, qui complète trente ans de carrière. Après avoir acheter les tickets, réservé l’hôtel et les billets du train, nous avons démarré le compte à rebours pour le jour J qui nous a fait aller jusqu’à la capitale pour un séjour de très court duré
Quand nous sommes arrivés à la Gare Saint-Charles, à Marseille, où nous prenions le train pour Paris, nous pouvions apercevoir que nous n’étions pas le seuls à faire le trajet pour des raisons autres que le tourisme, et petit à petit d’autres fans du groupe, facilement identifiables par leurs t-shirts commençaient à nous joindre pour attendre le train. Dans notre voiture la plupart de passagers allaient aussi au concert, et d’autres nous avons rejoint lors des arrêts à Aix et à Avignon. Le train a dû faire un arrêt d’urgence qui a duré une vingtaine de minutes, et l’ironie est dans l’explication que nous avions eu, une intervention des forces de l’ordre était faite car il semblait qu’un passager “dangereux” était à bord, explication qui a fait rire quelques uns des passagers de notre voiture.
Après notre arrivée nous sommes allés tout droit à l’hôtel déposer nos affaires et la réceptionniste nous salua en disant “Vous venez pour le concert de Metallica? Ça ne se voit pas du tout!”, il faut dire que Bernardo portait le t-shirt du groupe et moi, une chemise de têtes de mort, rien que ça indiquait déjà ce qui nous venions faire. Au resto il y avait d’autres fans qui allaient nous rejoindre plus tard, et dans la station de métro d’autres comme nous se dirigeaient déjà au Stade. L’ouverture des portes était prévue pour les 17h30 et nous sommes arrivés une heure avant pour éviter des ennuis pour prendre le train ou des queues pour entrer dans le Stade.
À 19h le premier groupe monta sur la scène, Gojira, un groupe français de métal progressif et qui a accompagné Metallica dans la tournée européenne. Le concert était super bon et il y avait beaucoup de fans sur la pelouse. Leurs chansons sont tous en anglais, néanmoins il reste toujours un peu bizarre de les entendre dire “Merci” avec la douceur du français après une chanson métalo. 


Vers 20h il était le tour du groupe The Kills de monter sur la scène, mais contrairement à ce que c’est passé avec Gojira, le groupe suivant n’a pas eu le même accueil chaleureux. J’avoue que ce n’est pas le genre de musique qui me plait et comme la majorité du public j’était soulagée à la fin de leur performance, et la seule chose que j’ai aimé c’était la couleur des cheveux de la chanteuse Alisson Mosshart. 

Dernier changement des équipements sur la scène, une batterie et des micros un peu par tout. Les écrans géants furent allumés. “The ecstasy of gold” ouvre le spectacle. Et quand les lumières furent allumés, ils étaient là, devant nous, a donner le plus grand concert qu’ils ont jamais fait en France, avec “Hit the lights”. Les chansons choisies étaient fantastiques. Avant de jouer les chansons du Black Album, ils ont joué “Master of Puppets”, “No remorse”, “For whom the bell tolls”, “Hell and back”. 

Puis, la lumière de la scène s’éteignait. Les écrans exhibait l’histoire du groupe et du Black Album. Et le show recommençait avec “The Struggle Within”, la dernière chanson de l’album, jusqu’à “Enter Sandman”. Après c’était le tour de “Battery” et du feu envahir la scène et le stade, ce qui annonçait que la fin du concert s’approchait. Avec “One” nous étions amenés dans les souvenirs de guerre d’un soldat mutilé par les mines terrestres qui explosaient sur la scène et les lasers accompagnaient les accords de la guitare de Kirk. Les lumières s’allument à nouveau et ne s’éteignent plus. La fin s’annonçait, mais en style. “Seek and destroy” était la cerise sur la gâteau. Et l’un des meilleurs jours de ma vie eu aussi la meilleure musique et la meilleure compagnie.

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