Montenegro estava nos meus planos de viagem desde uns dois anos atrás, quando comprei um guia de viagens. Vez ou outra folheava as páginas, via fotos, pensava em quais lugares gostaria de visitar numa primeira ida ao país, mas nunca passei dessa fase inicial de pesquisa. Até que me encontrei na Eslovênia em maio deste ano, e me vi apaixonada pelo país. E essa visita reaviviou ainda mais a vontade de visitar o Montenegro. Mas como isso impactou na elaboração do meu roteiro Croácia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro? A história recente da antiga Ioguslávia foi responsável em despertar esse desejo adormecido, na mesma medida que o desejo de encontrar gente tão hospitaleira quanto os eslovenos foram nessa nossa primeira visita ao país.
Este é post índice da nossa viagem, com nosso itinerário e o que eu teria feito diferente, além de servir para listar os posts que publicarei sobre a viagem. À medida que publicar, volto aqui pra editar e acrescentar os links com informações mais detalhadas sobre cada destino por onde passamos, e sobre nossas impressões de cada visita feita também. Mas adianto: é uma região maravilhosa que merece ser explorada com carinho!
Croácia: nosso ponto de partida
Aproveitamos que a Volotea lançou um novo voo entre Marseille e Dubrovnik, e resolvemos a parte da logística que estava me deixando mais preocupada: como chegar à região. Eu tinha lido que em geral o aeroporto de Dubrovnik é uma boa opção para quem quer visitar a região da baía de Kotor, e como não tinha voos diretos pro aeroporto de Tivat partindo de Marseille, a melhor opção pra gente foi Dubrovnik mesmo.
Mesmo sendo verão, época que eu menos gostaria de visitar a cidade, acabamos aproveitando o fato de “já estamos aqui” e ficamos quatro noites por lá. Logo no primeiro dia fizemos um tour guiado pela cidade com a Natasa, guia nativa da cidade e que fala português, e foi excelente porque além do aspecto histórico explicado com cuidado. Ela também nos deu ótimas dicas de como aproveitar ao máximo nossa estadia numa época de alta frequentação. Muitas dicas para preparar a ida à cidade podem ser encontradas também no blog dela. Recomendo tanto o tour como o conteúdo do blog!
Bósnia-Herzegovina: uma imensa surpresa
Em Dubrovnik alugamos um carro e seguimos pra Bósnia-Herzegovina, mais um país que entrou no planejamento por conta da história. Acabei estruturando o roteiro de modo a percorrer a Herzegovina, região sul do país, e Bósnia, porção norte, de onde seguimos para Montenegro.
Mostar foi nossa primeira parada, onde ficamos por dois dias, sendo um dedicado ao passeio até as cachoeiras Kravica. O trajeto de Dubrovnik até lá foi surpreendente: paisagens naturais muito bonitas, pontuadas aqui e ali por algumas ruínas no caminho. De lá passamos outros dois em Sarajevo, mas eu mudaria pra três, pelo menos. A cidade tem muito pra se visitar, e fiquei com muita vontade de voltar. O itinerário de Mostar à Sarajevo nos deixou boquiabertos: um rio de águas turquesa nos acompanhou durante boa parte do trajeto, e paramos na região de Jablanica para almoçar e apreciar a vista.
Montenegro: montanhas e mar
Nossa parada mais longa foi no Montenegro, ficamos seis noites no país, sendo duas no lago Piva, em Pluzine e quatro noites em Dobrota, nossa base pra conhecer a baía de Kotor. Visitamos apenas Kotor durante a viagem, optamos por relaxar e aproveitar a praia, diminuir o ritmo depois do intenso início da viagem, cheio de visitas e passeios. Voltamos pra casa com o coração aquecido pelas boas-vindas que recebemos na região, e pelo acolhimento carinhoso das pessoas com o Vic.
Ele foi mais mimado lá que na Sicília, e ficamos com muuuuuita vontade de voltar e descobrir outros lugares lindos da região por onde passamos, como Perast e Herceg Novi, ou ainda conhecer o que estava no roteiro inicial mas acabei optando por ficarmos tranquilos curtindo o mar – foi o caso de Budva, Sveti Stefan e Cetinje com parada no monte Lovcen.
O que eu mudaria no meu roteiro Croácia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro
Nenhuma viagem é redondinha, e com os erros a gente aprende a otimizar o planejamento e aplica na viagem seguinte. Foi o que fizemos da viagem pra Itália e Eslovênia em relação à essa: fomos de carro na primeira, e nessa resolvi que iríamos de avião e deixamos pra alugar o carro por lá. Mas no final, em termos de economia, teria sido mais interessante irmos com nosso próprio carro daqui mesmo. Seria necessário acrescentar uns dois dias para o deslocamento ida e volta – são 1500km de Aix até Dubrovnik – e teríamos feito uma super economia principalmente nas passagens de avião.
Outro ponto que eu mudaria seria o tempo em Sarajevo: a capital bósnia merece ao menos três dias para ser descoberta com calma, há visitas que não pudemos fazer por falta de tempo, pois não quisemos fazer tudo na correria também, afinal o objetivo era descobrir sem nos exaurir. Além do mais, os preços na Bósnia são tão convidativos que uma semana pelo país sai uma pechincha, de verdade.
Mas nem só de erros foi feita essa parte do planejamento: começar a visita em Dubrovnik com um tour guiado foi essencial, e não pudemos fazer o mesmo em Sarajevo. Vimos como isso prejudicou um pouco nosso tempo na cidade, pois poderíamos ter aproveitado melhor se conseguíssemos ter feito a visita guiada com o Neno tão logo chegamos. Além disso, quatro dias em Dubrovnik foi um tempo excelente, pois pudemos conhecer algumas praias, visitar museus e explorar bastante a cidade, mesmo com a multidão que frequenta durante o verão. Claro que as temperaturas altíssimas do mês de agosto são um fator que me desanimam bastante, mas no fim, pudemos aproveitar muito bem o mar!
Nicole
Oi Natália, este post me deu umas orientações ótimas! Vocês alugaram o carro com qual empresa? Recomendam? Vi que precisa pagar uma taxa para a empresa para atravessar as fronteiras de carro, é isso mesmo?
Natalia Itabayana
Ei Nicole! Aluguei pelo RentCars aqui no blog, com a Sixt, pegamos o carro em Dubrovnik e devolvemos no aeroporto, eles não cobraram a taxa extra pra devolução em ponto diferente da retirada! Informei os países por onde iríamos circular e o seguro que pegamos incluia deslocamento por eles – recomendo o seguro por lá porque as estradas são muuuuito precárias e estreitas. Felizmente não tivemos nenhum arranhão no carro, a frota da Sixt é bem nova por lá e foi uma boa surpresa (em geral é a companhia que mais usamos quando alugamos carro)