Torino

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Palazzo Madama Torino
A capital da província de Piemonte é uma cidade populosa (meus professores de geografia podem se orgulhar!) com cerca de 900 mil habitantes mas, se comparada à Aix em termos de superfície, é menor (130 km² me Torino contra 186 km² em Aix), e apesar disso, tive a impressão de chegar numa cidade gigantesca, e Torino é mesmo, pros padrões europeus, enorme. A cidade natal da Fiat é linda, com uma arquitetura luxuosa e muitos pontos turísticos a serem visitados, mas turista que vos escreve não fez roteiro da viagem por falta de tempo e acabou sendo surpreendida por uma cidade onde o  cada esquina transborda beleza e história, então não fique muito presa em pontos a serem visitados.
Com certeza, não são nativos locais.

Palazzo Madama Torino

Jardim Palazzo Reale
Chegamos no comecinho da noite, deixamos nossos apetrechos no hotel, onde nos encontramos com Geraldinho e Cláudia, um dos melhores companheiros de viagem que já pude ter e com quem passamos momentos divertidíssimos (família é tudo de bom, quando tem animação então, é só alegria!) e fomos pro centro procurar um lugar pra jantar e tomar um vinho. A vista noturna da cidade é linda, os prédios e monumentos são cuidadosamente iluminados de forma a valorizar o conjunto arquitetônico, e pudemos apreciar bastante a arquitetura enquanto saimos à caça de uma vaga… Esperar o que da cidade da Fiat, né? Vaga é quase uma cabeça de bacalhau, todo mundo sabe que existe, mas ninguém vê. E depois de mais de meio hora conseguimos estacionar a “macchina” e encontrar um lugarzinho pra comer. 
Tia Cláudia e Geraldinho, excelentes companheiros de viagem!
Depois de aprender com a experiência da noite anterior (carro em Torino é só pra chegar de viagem), na manhã seguinte fomos explorar o centro, mas decidimos ser transportados pelo bonde. Adoro bondes, acho que é uma coisa meio de mineira, afinal o bonde é primo do trem, e como mineiro vê trem em tudo nada mais normal que querer andar de bonde. Bom, associações livres à parte, a parada do bonde ficava perto do hotel e nos deixaria no centro do centro, onde mais tarde combinamos de encontrar André, Karina e Julinha, que vão passar uma temporada em Torino (mas que família mais internacionalizada, ein!).
Chegamos na Piazza Castello, onde ficam o Palazzo Madama Torino, com parte da fachada em estilo barroco e parte em estilo medieval, o Palazzo Reale com seu imenso jardim e o Teatro Regio. O que nos surpreendeu não foi a arquitetura ou os palácios, mas grupo de indígenas que me pareciam americanos e que estavam tocando músicas na praça, no mínimo inusitado, mas a gente vê dessas coisas por aqui. Depois de dar uma voltinha pela praça (não entramos em nenhum palácio), descemos a Via Po, que termina no rio Po, o principal da Itália, com seus 652km de extensão, e nos dirigimos ao ponto de encontro, em frente ao Museu do Cinema, que também não visitamos. 
Museu do Cinema
Na verdade, a viagem à Torino foi pensada pra ser mais um encontro de família do que um passeio turístico com roteiros de lugares a visitar e controles de tempo passado em cada lugar, e o resultado disso foi uma viagem divertida, sem preocupações com todos os monumentos históricos da cidade mas que nem por isso deixou de ser enriquecedora, afinal Bernardo e Geraldinho visitaram o museu do automóvel, enquanto eu, Cláudia, Karina, André e Julinha fomos tomar sorvete, e foi o melhor sorvete de pistache que já experimentei em toda minha vida! Mas não se iludam pensando que Torino não é uma cidade interessante e cheia de lugares pra visitar, é exatamente o contrário! Acho que são tantos os lugares que há roteiros pra todos os gostos, é só conferir no site do turismo da cidade, que indica roteiros culturais, gastronômicos, esportivos e baladas na natureza! 
Perdidos? Não, visitando Papai Noel antes da hora!
A volta pra casa foi no domingo no início da tarde e levamos conosco Cláudia e Geraldinho. Seguimos felizes nosso caminho quando de repente, à cerca de uns 60 km de Torino, a auto estrada estava bloqueada, sem nenhuma explicação, e uma placa apontava o desvio, mas era a única. Mais à frente descobrimos que a estrada foi fechada por causa de uma manifestação “No TAV” e ficamos nos perguntando o que significava aquela sigla. Em pouco tempo descobrimos: TAV é o trem de alto velocidade, e o pessoal da região estava protestando contra sua construção. Bom, o tal bloqueio da estrada me fez seguir por um caminho (apesar do GPS protestar bastante) que chegaria na Suíça (descobrimos quando paramos pra pedir informações, coisa que eu não gosto de fazer). Depois de subir os Alpes e chegar a temperaturas de -2° e paisagem de filme de Stephen King, fizemos todo o caminho de volta e conseguimos pegar uma estrada paralela à auto estrada, que retomamos quase na fronteira com a França. Depois desse contra-tempo o caminho de volta foi só alegria, com direito à parada pra pique-nique de salame e pão italiano apreciando uma bela paisagem de outono!

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