Bruges e Antuérpia

postado em: Bélgica, Europa | 0
Thais, Bruno, Bernardo e eu, Grote Markt, Bruges
Sabe aquele texto que diz que mineiro sente vertigem em lugar plano? Pois é, nunca senti tanta vertigem na minha vida, a começar por Lille, só campos planos e coelhinhos correndo de um lado pro outro. Quando partimos pra Bélgica, a paisagem teve acréscimo de moinhos de vento no melhor estilo “Don Quixote” e ganhou algumas vaquinhas espalhadas aqui e ali, e essa cena de cartão postal se estendeu durante os quilômetros que percorremos da terra do chocolate até a Holanda.
Rozenhoedkaai
Bruges foi nossa primeira parada na Bélgica. Ao chegarmos na cidade e atravessar uma das pontes que dá acesso ao centro histórico fomos como transportados no tempo. Patrimônio da Unesco desde 2000, a cidade em estilo medieval é cercada por um canal, muros e moinhos, e seu centro é igualmente cortado por diversos canais menores, o que a confere o título de “Veneza do norte”. Junte a isso os edifícios em tijolinhos aparentes, alguns sem pitura e outros coloridos, várias bicicletas circulando pelas ruas e um museu de batatas fritas perto da Grote Markt e o altissimo campanário na praça.
Beffroi (campanário) de Bruges
Passamos a manhã em Bruges, tempo pra dar uma voltinha rápida pelo centro, experimentar os deliciosos chocolates belgas, contemplar a Madona de Bruges, de Michelângelo, na Notre Dame, e fazer uma viagem no tempo visitando a exposição que conta a história de Bruges desde a pré-história até a idade média. Depois de algumas horas de passeio era tempo de ganhar a estrada e seguir pra próxima parada, Antuérpia, há cerca de 100 quilômetros dali.
Madone de Bruges, Michelângelo
Com área pouco menor que a cidade de Lagoa Santa, em Minas Gerais, Antuérpia detem o título de centro de negociação de diamantes e de segundo maior porto da Europa, sendo o Rotterdam o maior. Terra do pintor Anthony van Dyck, a cidade ostenta uma arquitetura contemporânea ao mesmo tempo que respeita os vários estilos preservados em seus edifícios e abriga também a segunda maior comunidade judaica do mundo, atrás apenas de Londres.
Pelo menos ele tava olhando pra estrada
Chegamos na cidade no fim da tarde e fomos direto pro centro, ou pelo menos onde fica o Hôtel de Ville da cidade (por amostragem, as prefeituras ficam no centro, né?), e o edifício grande e coberto de bandeiras de vários países se encontra em uma grande praça, no meio da qual está a estátua de Brabo, lendário herói que teria dado fim ao monstro mítico que habitava o rio belga Escalda e cobrava uma taxa de navegação, penalizando com a perda da mão os maus pagadores (tipo o leão do imposto de renda, só que ainda não tivemos nenhum herói pra sossegá-lo).
Peter Paul Rubens e Catedral de Nossa Senhora, Antuérpia

 

Hôtel de Ville e Brabo, Grote Markt, Antuérpia
Mas antes de chegar na praça, que tem o nome de Grote Markt (uhm, coincidência??), passamos pela Groenplaats, ou Praça Verde, onde fica a estátua do pintor Peter Paul Rubens, ou como disseram Bernardo e Bruno, “PêPaulo Rubi”. Brincadeiras à parte, o pintor de estilo barroco passou grande parte de sua vida em Antuérpia e faleceu na cidade, e parte de sua obra pode ser conferida na maior catedral da região do Benelux, há poucos metros de sua estátua, a catedral de Nossa Senhora (Vrouwekathedraal).
Grote Markt, Antuérpia
Nossa estada em Antuérpia foi de menos de 24 horas, passamos a noite ali e no dia seguinte continuamos nosso percurso até o país dos moinhos de vento, dos tamancos de madeira, das tulipas e da cerveja Heineken: Holanda.
Catedral e Brabo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.